quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Liberdade de sentires


Fiz o cadastro no Museu da Pessoa. A idéia era falar de mim. "Conte sua história" está lá no ícone.

Voltei para cá, o blogger.

Olhei minha foto de criança.

Pensei na minha infância.
Lembrei do 'estado de infância' que Paulo Netho e o seu Cara de Pavio, meu mais recente amigo que adora fazer um Balaio de Dois.
Quem sou eu? Quem fui? Posso contar minha história a qualquer um. Quero contá-la?
O orkut mexeu com a privacidade. Eu falo aqui, todo o mundo sabe lá, na mesma hora. Não consigo colocar fotos.


O youtube revolucionou. Posso voltar no tempo e rever o La Linea, que para minha infância era o "A Linha", o quadro no Globinho que eu mais amava. Vejo-o agora falando engraçado e em várias línguas.
Nunca fiz vídeos lá, mas vira-e-mexe coloco meu nome na busca. Vaidade ou medo?

O que eu fui não tem mais lugar hoje. Está nas lembranças.

Hoje
posso contar
minha história
d
o
jei
to que eu bem
enten
der.
Posso até nem ser eu.
Ser
artuo. Ao contrário.
Brincar com as palavras, ser meu próprio dicionário.
Quem é que vai saber de mim?
Eu mesma.

2 comentários:

Laura Fuentes disse...

Escrevendo gostosinho assim, Cris, você pode tudo!!!!

Olga disse...

Maravilha! Que delícia de ler esse seu poema! Brinca com as palavras a sua alma infantil de gente grande. Grande, Cris!