terça-feira, 28 de julho de 2009

Favor não abraçar

Imagine você recomendar a uma criança que não abrace tanto por esses dias. Coisa de tempos de gripe.
A loucura que estamos vivendo em nome de algo sem controle, novo, inesperado.
Que tipo de dia a dia podemos ter evitando abraçar, beijar?
Pra onde vai o afeto?
E qual das duas coisas pode ser pior: não pegar gripe ou não abraçar?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma questão de ritmo


O trânsito é uma das loucuras de São Paulo, mas pode ser uma de suas redenções.
É tanta correria sempre. A gente acorda atrasada, toma café enquanto lê jornal, toma banho enquanto pensa na roupa, seca cabelo enquanto traça na mente o caminho mais rápido para o destino chegar.
Depois no trabalho acontecem mais 200 coisas ao mesmo tempo, volta e pega o trânsito. Aqueeele trânsito.
Mas eis a chance.
Parados, temos mais oportunidade de ver a cor nova daquela casa, o bar que abriu naquela esquina, a reforma do prédio, a criança confidenciando algo a mãe, o abraço dos amigos, o beijo do casal.
No devagar, a gente vê o mundo melhor.

foto Cris. Maria Fumaça São João del Rei e Tiradentes

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Se o Paulinho da Viola mandou... por que não?


Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar

Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Por que recusar
A luz em você
Deixar pra depois
Chorar... pra quê?


(de Paulinho da Viola e Elton Medeiros)
foto maravilhosa de Elliott Erwitt

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um mês depois

O blog ficou só, há um mês.
Que utilidade tem um blog se ele não ganhar palavras diariamente?
Que utilidade as palavras têm se não tiverem sentido quando juntas?
Escrevo para me libertar e me pego aqui, aprisionada pela obrigação.
Não caio.
Escrever não é chatice, como destacaram frase do Chico Buarque nesta Flip.
Mas escrever não é só sentar e criar.
Escrevo com pensamentos, o dia todo. Monto frases, pinço ideias no viver.
Se as histórias acontecem à nossa volta, então escrevo a cada segundo.
E amo.
Das 26 letras, um mundo de ideias.
De zilhões de ideias, as escolhas, nós ali por meio delas.
Nos transparemo-nas.
E trocamos. Mas nunca finalizamos.