tag:blogger.com,1999:blog-37566445167744598002024-02-01T20:16:19.792-08:00vivo de coincidênciasAqui estarão as vírgulas, os adjetivos, as definições, os sonhos. Tudo aquilo que corre dentro de mim sem que eu saiba. Tudo aquilo que exista sem que eu entenda. Tudo aquilo que não precise de um ponto final.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.comBlogger154125tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-34585378736231544822012-11-24T13:14:00.001-08:002012-11-24T13:14:52.375-08:00A vida em segundos
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<div class="MsoNormal">
Quando eu era pequena, certa vez impus a mim um desafio: flagrar
exatamente o instante em que meu irmão mais velho fechava os olhos para dormir.
Aquele instante do “pegar no sono”, sabe? Ele quase todos os dias adormecia no sofá
enquanto assistíamos algo na TV e eu, entretida no que a tela exibia, sempre perdia
este segundo precioso. Nunca consegui, e esteja onde estiver, ele ainda deve
tirar umas cochiladinhas instantâneas. Aposto que sim. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje vejo isso acontecer com os olhos da minha filha muitas
vezes. Este segundo em que ela se entrega ao sono e fecha os olhos é mágico. Só
pode ser. Não que ela dê trabalho. Mas é um movimento tão bonito. Os cílios se
encontram e algo puro, delicado e definitivo acontece. Adoro assistir. Os
segundos de milagres da vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Igualzinho o "momento decisivo" que Henri-Cartier Bresson nos ensinou e nos presenteou com fotos como esta. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E acompanhar alguém se desenvolver nos surge em diversos segundos,
segundos seguidos, segundos sentidos. “Num segundo” ela olha em meus olhos e me
devolve um sorriso. “Num segundo” vira de bruços e vê o mesmo mundo de um jeito
diferente. “Num segundo” agarra os pés com alegria. “Num segundo” se envolve
com um brinquedo, uma cor, um som. E todos os instantes são preciosos. Como no
livro que li hoje, na história de infância da querida ilustradora Ionit Zilberman,
contada por Kiara Terra: Hocus Pocus Um Pai de Presente. E lá, elas nos dizem: “o
começo é sempre o lugar onde a gente está quando acontece uma coisa importante.
O começo é naquele instante”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<!--EndFragment-->Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-60614169705175992202012-11-12T07:25:00.001-08:002012-11-12T07:25:52.764-08:00Para ver e ser Valente
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="MsoNormal">
Como praticamente nunca aconteceu, assisti com meses de
atraso ao mais recente filme da Pixar pela Disney. Isto, claro, por causa de
meus outros interesses, ocupações e tudo o mais de bom com a chegada da minha
primeira filha. E não apenas pelo meu trabalho na revista Crescer, mas por
vontade minha mesmo sempre aguardo ansiosa algo que venha da turma de John Lasseter.
Assim, Valente (Brave) chegou em meu repertório há alguns dias e adorei.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Havia muita expectativa com o filme tanto pela tecnologia
empregada, quanto pelo conteúdo ser focado em convívios de humanos – sem animais
ou brinquedos ou monstros falantes – e na história de uma heroína destemível.
Uma mulher. E eu estava, claro, nesta expectativa junto e li pouco sobre o
filme antes de vê-lo, para o impacto não perder a força. E foi ótimo. Me
envolvi nos cabelos ruivos e cacheados de Merida – que são um caso à parte
tamanha veracidade foram colocados em cada fio – e também adorei a forma que eles
conduziram a narrativa e, principalmente, a maneira de mexer com uma relação tão
cheia de tabus como os sentimentos que uma criança tem pela mãe. As histórias de hoje e de antigamente nos mostram conflitos de filhos e pais e achei
incrível como eles conseguiram concretizar essa vontade do filho/filha querer que
a mãe desapareça, mude, cale a boca de uma vez, sem perder a proteção que precisa
sentir. Ou seja: adorei a representação da mãe “rejeitada” se tornar um urso. Um
urso que não fala (assim não preciso mais ouvir sermões), desastrado com o seu corpão
(assim vejo que não somente eu posso errar e se atrapalhar), mas que não deixa
de me proteger, de estar presente com toda a sua força (e assim eu posso continuar
me sentindo segura). </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Achei Valente de uma delicadeza sem fim porque conseguiram inspirar
uma reflexão de forma direta, sem fru fru algum (mesmo porque, Merida não é e
nem quer ser uma garota “fofinha”) e exibindo as duas partes (mãe e filha) como
construtoras legítimas desta relação. E é preciso ser Brave (Valente) para isso
acontecer. </div>
<!--EndFragment-->Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-44440549357761035212012-09-18T05:27:00.000-07:002012-11-12T07:27:14.744-08:00Desejo que ela deseje Sou filha de um casamento que se pautou por uma série de padrões. Não era um casamento feliz e, no entanto, talvez não houvesse chance de pensamento para minha mãe mudar a situação. Não se sabe o que pulsava dentro dela, mas o fato é que isso enraizou-se em mim. Muita conversa para que eu não quisesse manter esse padrão que, de certa forma, o mote era desejar pouco para si.<br />
<br />
Hoje tenho um desejo muito forte para a minha filha. Quero que ela deseje. Porque sei que isso não é simples. A gente acha que o mundo está a favor de nossos desejos, mas há um desejo que mora dentro da gente que nada tem a ver com o mundo. Acabei de ler um artigo da jornalista Eliane Brum sobre o porquê da aceitação de Celso Russomano como possível prefeito de São Paulo e voltei a pensar no assunto. A gente fica lendo e escrevendo aquela mesmice de “melhor ser do que ter”, mas é aí que estamos sendo superficiais. Há pessoas que simplesmente não querem ser. Querem ser, sim, levadas. Levadas por pais que deem tudo – inclusive aqueles que a vida toda têm pouco para dar -; pelo sonho de um marido que possa me deixar em casa com a vida quadrada e sem desafios (e isso não tem nada a ver com trablhar fora ou não); pela satisfação de ter uma esposa que cuide da casa, não faça perguntas e crie filhos para o mundo sei-lá-de-que-jeito; por um emprego que fique sempre na mesma, sem riscos.
<br />
<br />
Desejo para a minha filha que nestes seus primeiros meses ela queira mesmo participar mais da vida, ficando mais acordada durante o dia. Que ela balbucie e até faça seus minigritos muitas vezes, desejando falar como todos à sua volta. Desejo que ela queira ir para a escola, montar muitos Legos, aprender a ler e a escrever. Desejo que ela “adolesça” sonhando em trabalhar logo, para conhecer pessoas, aperfeiçoar sistemas, se sentir útil. Que ela escolha uma profissão para logo se inserir no mercado, e que seja algo a ver com nossas possibilidades, mas que ela faça disso apenas um começo. Pois sonhar não é desejar somente o que não se pode ter. Sonhar é preciso. É traçar metas, procurar ajuda, acima de tudo conquistar. Não dar dor de cabeça a ela e aos outros. Não se encostar em ninguém.<br />
<br />
Como não sei até quando estarei por perto dela, eu desejo que ela aprenda que ficar em casa com os pés para cima e as mãos digitando algo não é necessariamente um sonho. É uma armadilha.
O que mais ela vai encontrar à sua volta é gente querendo mostrar que poder comprar algo já é suficiente. Que encher a cara todo final de semana é algo merecido e típico da juventude (ô, coisa estúpida!!). Que todo o mal do mundo se resolve com uma solução politicamente correta, com frases feitas (com fotos, opa!) no Facebook supondo lições de moral contra o rock, a literatura e até a novela!
Desejo que a minha filha deseje. E não aceite fácil um mundo em que as pessoas querem ensinar um único jeito de ser e ter. <a href="http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/09/russomanno-e-vulgaridade-do-desejo.html"></a>Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-5480238156257559472012-09-14T17:00:00.000-07:002012-09-14T17:00:19.417-07:00Com licença<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5f_r-KBHV9KrtJ1ba6tEu-KWBZo56agGdglb57iq7AKdigG1kOjOO87lfAGcnZJhyDB1oExsLaRVbVBCS7LMbMMkqH6hckwghABFT_CmaoRFRo3lnf7xRZv5jw4a-k5V3R2aeZR9lu20/s1600/elerwitt-mom-son.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="216" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5f_r-KBHV9KrtJ1ba6tEu-KWBZo56agGdglb57iq7AKdigG1kOjOO87lfAGcnZJhyDB1oExsLaRVbVBCS7LMbMMkqH6hckwghABFT_CmaoRFRo3lnf7xRZv5jw4a-k5V3R2aeZR9lu20/s320/elerwitt-mom-son.jpg" /></a></div>
Estar de licença-maternidade é uma das coisas mais malucas que já vivi. É um mundo paralelo no momento em que você de fato não é mais como era antigamente. É quando você tem certeza de que nada será como antes. Pura letra de música mesmo. Tem alguém indefeso dependendo de você. Um indefeso cheio de vontades, sem dúvida. Que você acaba de conhecer, mas sabe de cor.
A gente se perde, se encontra. Fica sabendo das notícias do mundo mais do que nunca como um mero espectador. Tem notícia do trabalho, mas não sabe se envolver como antes. Trabalho. Esta é a parte mais estranha. Jornalista é o trabalho. Estou há 17 anos totalmente em função dele. Sou o trabalho. Era. Agora só sou outra pessoa. Aquela que acolhe, limpa, alimenta. Aquela que aprende com um ser de pouco mais de 50 centímetros que o mundo é mais. A gente repensa tudo, a gente se acalma e se desespera em segundos. Refaz a vida em pensamentos, planeja, desiste, volta, tem esperança. Acredita. É uma licença para pensar. Para ser. Com licença, sou mãe agora.
<i>Amo esta foto do Elliot Erwitt...</i>
Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-74984708023986695032012-09-12T17:28:00.002-07:002012-11-12T07:29:21.058-08:00Ser mãe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Ty70FlwrzHFjjmQr6Bem6_zecWKO7RtXAJElqHq9uYSe07dbRMWhHqxgVo3DnelMgvlzxdKawPLDknFRaWKEoQOOBgWBYHXER3ADuMdz77iEWT5xlPdK3ieVOa-CXKzUGQKAbXqs4v4/s1600/maternidade-sandraguinle.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Ty70FlwrzHFjjmQr6Bem6_zecWKO7RtXAJElqHq9uYSe07dbRMWhHqxgVo3DnelMgvlzxdKawPLDknFRaWKEoQOOBgWBYHXER3ADuMdz77iEWT5xlPdK3ieVOa-CXKzUGQKAbXqs4v4/s320/maternidade-sandraguinle.jpg" width="234" /></a></div>
<b>Ser mãe causa dependência. </b>Ela dorme e quando você deveria ficar feliz por estar finalmente descansando após um dia exaustivo, ou por ter certeza de que fez a sua parte, seu coração é tomado por um vazio. Você quer mais. Mais cheiro. Mais barulhinhos. Mais sorrisos. Mais tudo. Agora você só sabe viver assim.<br />
<br />
<b>Ser mãe é não ter tempo para escrever.</b> Mesmo o ato mais comum de meus dias há quase duas décadas agora se torna escasso. Tanta palavra jogada pela vida, no papel, no computador, na boca. E agora tudo se resume a ela. E nos primeiros dois meses não foi possível sentar e escrever. Sentar e escrever sobre como a vida é outra. Do avesso. Mil vezes melhor. Com mais sentido e porquês respondidos.<br />
<br />
<b>Ser mãe é estar à espera.</b> De ela acordar, de dormir. De mamar, de fazer cocô. De se mexer, de agarrar o brinquedo, de sorrir. E a imaginação corre e toma conta de tudo em segundos. Estão lá os primeiros passos, o chamar “mamãe”, o brinquedo de encaixar, o pedido por mais histórias, a hora de buscar na escola, a ida ao cinema, o beijo de surpresa.<br />
<br />
<b>Ser mãe é voltar no tempo.</b> É sentir o cheiro da mãe, lembrar do beijo no pescoço para fazer cócegas. Ouvir com lembrança doce as histórias, a música, os filmes na TV. Vem o brinquedo preferido, as primeiras palavras lidas, a companhia dos amigos. Tudo é seu. Tudo veio de algum lugar e agora continua. Um tempo que para às vezes. Me tira do corpo, me devolve a elas – mãe e filha. Sou um pouco do antes mas, acima de tudo, sou futuro nela em cada segundo vivido.
<i>Esta imagem maravilhosa é uma das belíssimas escultura de Sandra Guinle, chamada Maternidade<a href="http://www.sandraguinle.com.br/"></a></i>
Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-39056531814037686262012-06-15T21:41:00.002-07:002012-06-15T21:41:51.648-07:00Estar grávida é......sentir o corpo do jeito mais louco.
...não conseguir vestir uma meia no final do dia.
...ouvir das pessoas as histórias mais doidas.
...andar devagar.
...rever o que pensa.
...entender por que leva 40 semanas.
...olhar a vida pelo retrovisor.
...curtir mais detalhes.
...sorrir cansada.
...entender por que está no mundo.
...sentir um amor imenso. Um amor de antes.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-26649227685445016032012-04-28T18:36:00.000-07:002012-04-28T18:36:00.186-07:00GeraçõesAdoro a palavra "gerar". Penso em tudo que ela significa, para onde ela vai. Ela me veio à mente essa semana por uma citação à escritora e psicanalista Clarissa Pinkolas Estés, sobre uma imagem que ela nos remete em um de seus livros - Mulheres que Correm com Os Lobos -, falando de um sonho que ela teve que ela estava no ombro de uma senhora, que estava no ombro de outra, e outra, e outra, e que representava a ligação das histórias com as gerações.
Somos frutos.
A gente se esquece disso de vez em quando.
Somos frutos e damos frutos.
E estar grávida é também se dar conta disso.
De que você veio. De que você tem suas próprias histórias e está traçando outra parte dela. E que de você sairá outra história.
Que você gera.
Gira.
Vai e volta.
Traça uma linha. Faz curvas. Pode voltar.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-10349251297964594582012-04-26T00:00:00.000-07:002012-04-26T00:00:01.719-07:00A vida dentro da vidaEu já saltei de paraquedas, escalei pequenas montanhas, pulei cachoeiras, levei um monte de tombo, tomei banho gelado, queimei o céu da boca com comida quente, bebi vinho, dancei em um palco.
Mas não há nada mais vivo do que sentir um bebê mexendo na barriga.
É o mais orgânico que você pode sentir.
Mais vivo.
Mais forte.
Mais verdade.
Mais branco, vermelho, azul, verde, rosa, amarelo, preto.
É tudo junto.
É sentir com.
O tempo fica mais claro. As etapas fazem sentido. Os dias. O amor.
Ainda mais porque não é só prazer uma gestação. Tem dor, mal-estar, cansaço. Tem até esquecimento. Eu lembro todos os dias que estou grávida.
E esta constatação diária de uma vida dentro da vida é a melhor parte.
Talvez eu esqueça de propósito.
Só para ter o prazer de lembrar.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-37842486920635008332012-04-25T18:24:00.001-07:002012-04-25T18:24:30.635-07:00E o amor virou um só...A gente ouve muita coisa sobre o amor. Idealiza. Imagina. Aí um dia sente de verdade. Tem sempre aquela ideia que nos ronda, de que unir-se a outra pessoa é se tornar uma só. Mas eu nunca entendi muito isso porque a gente continua a gente mesmo. E precisa. É sobreviver.
Mas só agora entendi de fato o que pode ser. Do que as pessoas estão falando.
Uma gravidez é isso. Você entende tudo. Entende por um dia, as linhas da coincidência que me inspiraram o nome desse blog, um dia se encontraram. Entende porque você lutou contra a princípio, mas torcendo para que desse certo. Você entender que pode dar certo. Que aquilo que você tem dentro da barriga é fruto de dois, não é mais simbólico. Aconteceu.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-41595454942766593232012-03-12T00:00:00.000-07:002012-03-12T00:00:02.765-07:00E elas eram levadas pelo doce...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE2wQjEuf0yxWQmry1bdHGw_0XIp5AUmEvIMhg8BP1irPwrU8UCNphGEhbXkjIrF1BQYqaAz_lXgTC0tqICntvUhhW6n9cp1PgDWizuP2tMD_dYLkYykE8UQwpBz6RlHl4GzieU6z_Zro/s1600/primeiraimagemcarmela.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 182px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE2wQjEuf0yxWQmry1bdHGw_0XIp5AUmEvIMhg8BP1irPwrU8UCNphGEhbXkjIrF1BQYqaAz_lXgTC0tqICntvUhhW6n9cp1PgDWizuP2tMD_dYLkYykE8UQwpBz6RlHl4GzieU6z_Zro/s320/primeiraimagemcarmela.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5718252967760237106" /></a><br /><br />Tem uma senhora chegando na minha vida... veja só. <br />Ela é uma doceira boa de conversa. Tem sempre um sorriso escondido. <br />Mas todo o mundo sabe. <br />Chacoalha na hora de rir e troca as palavras.<br />E tem afeto de monte.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-50758346620880650972012-03-10T04:55:00.002-08:002012-03-10T04:55:50.633-08:00Cheiro de criança<span style="font-style:italic;">"O menino ia no mato<br />E a onça comeu ele.<br />Depois o caminhão passou por dentro do corpo do menino<br />E ele foi contar para a mãe.<br />A mãe disse: mas se a onça comeu você, como é que o caminhão passou por dentro do seu corpo?<br />É que o caminhão só passou renteando meu corpo<br />E eu desviei depressa.<br />Olha, mãe, eu só queria inventar uma poesia.<br />Eu não preciso de fazer razão."</span><br />Manoel de Barros em seu InfantilCristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-46155332264485899812011-10-08T09:35:00.000-07:002011-10-08T09:49:24.620-07:00Sir Elton JohnNunca mesmo havia pensado em ir a um show do Elton John. Sempre gostei. Mas nunca foi, digamos, um sonho. Pois foi maravilhoso quando esse não sonho se realizou. <br />Aconteceu em um local extravagante como ele sempre gosta de ser: no The Coliseum, fabuloso teatro dentro do Hotel Caeaser s Palace, em Las Vegas. Eu já estava impressionada com a cidade toda - local de puro exagero em tudo, seja na estrutura, nos hotéis, na jogatina e na bebedeira de seus freqüentadores num ambiente que dispensa a informação de ser manhã, tarde ou noite. Mas quando Elton entrou literalmente brilhante no palco começaram alo quase duas horas de beleza. Daquelas inesquecíveis. <br />O piano que dá motivo à turnê One Billion Dollar Piano é um Yamaja criado por ele, percebe-se em um instante como eles nasceram um para o outro. Parecem uma só coisa que se transforma em música. Das boas. O som é perfeito, a conversa sempre interessante e até a alegria de ter de tornado pai está ali: em cada tecla e brilho. <br />Gentil, honrando seu título de Sir, homenageia as boas marcas que Elizabeth Taylor e suas lutas deixaram no mundo. Com competência, comanda uma sucessão de vídeos vistos no telão e até em seu magnífico piano. Feliz, agradece e vibra com cada reação do público. Pois sabe que está ali por ele e para ele.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-65886320086149169002011-10-05T10:50:00.000-07:002011-10-05T21:43:31.850-07:00To Beatles, with LOVEAconteceu sábado passado. Sempre pensei que os artistas do Cirque Du Soleil tinham um peso diferente do das outras pessoas. Será que era peso mesmo a questão? O que, afinal, eles têm?<br />Assistir ao espetáculo deles LOVE, todo inspirado nos Beatles, é uma experiência incomum. Junta tudo: beleza, boa música, graça. Eles não são os mesmos humanos que nós, pensamos sentados na última fileira da arena localizada no The Mirage Hotel, em Las Vegas. Vejam, eles voam! Sobem até o teto, viram de ponta cabeça, e flutuam em uma inesquecível leveza sob e sobre um lençol branco gigante em Within You, Without You. <br />As canções são costuradas como uma colcha de história, em que vemos o que os tais Fab Four fizeram ao mundo e o que eles fizeram em mim. Me vi lá, querendo contar e compartilhar dessa mesma história, com cada sorriso deles, salto, voo. Quis recordar minha infância ao lado da minha família. Lembrei da coreografia que eu sempre tentava fazer quando meu irmão colocava Come Together na vitrola. Eu estava lá com eles, na plateia e no palco. <br />E quando um grupo de americanos acharam que era mais importante estar bêbado em Las Vegas do que estar enebriado pelo Cirque dos Beatles, fomos britanicamente convidados a descer e ver tudo bem de mais perto do palco. Nossa, eles são humanos! Tem pernas, braços, tronco, dentes, olhos, como todos nós. Mas voam, dançam. Esta é a principal característica de LOVE do Cirque Du Soleil. A dança. Não no sentido óbvio. Dançam Beatles. Dançam em nós. Dançaram com as minhas lembranças. Dancei com eles. <br />O que eles têm, afinal, de tão diferentes? Treino e talento. Não no sentido óbvio. Não no sentido de agradar a todos. Não no sentido que esperamos. Vibram em nós, pulsam como nós, para nós. Para quem realmente quiser.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-90381990472704171132011-03-29T19:21:00.000-07:002011-03-29T19:42:17.664-07:00Mary Poppins de Ubatuba<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIaL07dFDT62tN6CpAWuPiLOryZWDOjmSqYIKqZp_pS75FwId7SoYy6ZYwnmJHMyX7liPJ6J0vHMmblbXf9gr03BwskKO4biyEGIskQIJal7KdeePe9lx3S9m7hae8a7qGF41neg53HbU/s1600/x-convite+editado+prochaska.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 228px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIaL07dFDT62tN6CpAWuPiLOryZWDOjmSqYIKqZp_pS75FwId7SoYy6ZYwnmJHMyX7liPJ6J0vHMmblbXf9gr03BwskKO4biyEGIskQIJal7KdeePe9lx3S9m7hae8a7qGF41neg53HbU/s320/x-convite+editado+prochaska.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589697662366095506" /></a><br />Hoje vivi um momento daqueles que fazem jus ao nome do meu blog, vivo de coincidências. Rodamos chuva abaixo atrás de um restaurante gostoso, especial, bom para quem está de férias e suficientemente satisfatório para compensar o fato de a gente não ter sol para curtir a praia. Paramos no excelente Picanha na Tábua, fizemos o nosso pedido e, enquanto aguardávamos chegar, eis que uma senhora toda de rosa, com uma trança no cabelo e andando ereta na bicicleta do jeito que Mary Poppins fica ao subir e descer com seu guarda-chuva, sabe? <br />Ela estacionou sua bicicleta na frente do restaurante e entrou. Falou com alguém lá dentro e voltou para a frente de nossa mesa. Parou, apresentou-se como Elisabete e uma cuidadora de cães de rua da cidade. Bem coisa de se desconfiar, claro, mas ela emendou dizendo que era uma contadora de histórias e nos perguntou se a gente conhecia bem a história completa de Ubatuba.<br />_ Não. <br />Ouvindo de nós esta deixa, não parou de falar. E foi maravilhoso. Falava bem, era envolvente, me perdi na história, aquela que um dia aprendemos a escrever com H maiúsculo. <br />Ela foi embora após 5 reais e não saiu sem antes nos dar uma foto do Casarão, a casa de cultura da cidade e nos dizer que havia uma exposição de fotografia lá. Teria casal melhor para ela dizer isso?<br />Nos animamos a encontrar o lugar e a coincidência mais maluca viria a seguir: era uma exposição de fotos da atriz Cristina Prochaska, que fez um milhão de novelas nos anos 80. E fotos maravilhosas (como esta que vocês estão vendo), dedicadas ao pai que a ensinou a arte. A primeira era um lindo detalhe de uma bicicleta, o meu "alvo" favorito de fotos. E todas as imagens ampliadas em um tipo de impressão ecologicamente correta que alterava a textura e dava um efeito muito, mas muito interessante.<br />Tudo encadeou-se para encontrarmos a senhora, que contou uma história, que nos levou à exposição. <br />São encontros simples como estes que fazem a vida.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-34853469276262421272011-01-01T05:30:00.000-08:002011-01-01T05:31:07.239-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuiThwRz6w3ZAgcXEnR1Gk1lmNJuRy9ZLFH78RvZAFeCt_pJ5DNxjJiJKKe7jEOjphGjjCJu3MvG72nl9hOClbN9XRaOYKgnYpPpxNvuqFW_Ooq15_XW4cX8egtTluhD_gc6Gp1bGdAfE/s1600/IMG_7009.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 213px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuiThwRz6w3ZAgcXEnR1Gk1lmNJuRy9ZLFH78RvZAFeCt_pJ5DNxjJiJKKe7jEOjphGjjCJu3MvG72nl9hOClbN9XRaOYKgnYpPpxNvuqFW_Ooq15_XW4cX8egtTluhD_gc6Gp1bGdAfE/s320/IMG_7009.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556815877299941138" /></a><br />Lá foi 2010.<br />E suas cores, flores.<br />E suas canções, gritos ao ídolo.<br />E os trabalhos, cansaços. <br />E as piadas, risadas.<br />E as emoções, lágrimas.<br />E as dúvidas, soluções.<br />Um ano que escrevi pouco aqui e demais lá. Por um Mundo Melhor, que virou livro, que virou meus dias e hoje minha realização. <br />Revi amigos, Nova York. Conheci a Disney, novos amigos. Reli tanta poesia. Vi a vida passar depressa e quis desacelerar. Não consegui e uma gastrite fez isso por mim.<br />2011 chega volto com as ideias. Ideias de um ano agitado, intenso. Ideias de começar novas vidas. Ideias de ser diferente. Ideias para ficar mais com quem amo. Ideias de felicidade.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-32241263207852585092010-11-23T02:40:00.000-08:002010-11-23T02:58:25.738-08:00Para McCartney<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCiyJAWnnV_VwyUubg5zsz1J16HwB3jiLOA6BuVfDVjx4WZOIMX2mLWna0_Fm2pl1MrRSQvegJVJKqExrWn_2ShYpFujFfaRRv6ee_al7T2FIlV6GLB2RWdRQ3BijANFS5siup6wIS-rI/s1600/paul-mccartney-argentina.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 192px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCiyJAWnnV_VwyUubg5zsz1J16HwB3jiLOA6BuVfDVjx4WZOIMX2mLWna0_Fm2pl1MrRSQvegJVJKqExrWn_2ShYpFujFfaRRv6ee_al7T2FIlV6GLB2RWdRQ3BijANFS5siup6wIS-rI/s320/paul-mccartney-argentina.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5542697806234767554" /></a><br /><br /><br />Dois dias atrás vi minha memória acontecendo. Estava no palco do Morumbi, aos 68 anos. De paletó azul, ele me colocou ao lado de uma multidão com suas memórias também. Transformamos juntos tudo em lágrimas, berros, pulos e alegria. <br />Minhas infância teve sempre muita trilha sonora. A vitrola parecia tocar sozinha, de tanto que trabalhava. Eu fazia coreografias de criança no meio da sala. Beatles imperava porque a adolescência do meu irmão acontecia junto à minha infância. E porque Beatles não tem idade certa para cair no coração. <br />Foi assim que aprendi música, que entendi inglês, que vi dança, idolatria, encanto e até a morte. John Lennon me mostrou o que era luto. E o que era luto à distância. E como poderíamos amar pessoas sem conhecê-las. <br />Hoje Beatles é o fio da família. Leva a gente ao choro, à risada, ao game. A gente se reúne, lembra das canções, encara o microfone e se divide em lembranças e presente. O choro vem sempre, porque é emocionante ver a linha que nos amarra assim tão forte, tão inquebrável. E ela sempre traz alguém novo. <br />No palco do Morumbi, Paul McCartney nos faz cair em alívio. Vale a pena sentir tudo por ele, vale a pena idolatrá-lo. Ele é bom, simpático, jovial, forte, íntegro. Está sempre presente. Vem para ficar conosco aquelas horas. Engole as lembranças tristes só para nos levar com ele à emoção. Não falha. Não quer pouco nunca. Não tem limites. É o que queremos que ele seja. O que precisamos. E nos entregamos sem pensar duas vezes. Valeu.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-16419821820234126562010-09-01T18:42:00.000-07:002010-09-01T19:32:21.859-07:00Boas memórias 1<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglS9fCJI9N13dqJLWhFQxL2Hh0go7YHl40CVooHYeGrdWwZJHE4YfaHyiq6xycmaMaOzjR_wwJGbawh6RjzgWLTWarNz4bQ1fZUPPBhEgovVYqQfTZBCoEkq-BMitge1auNoGVeZ1f1is/s1600/IMG_7441.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglS9fCJI9N13dqJLWhFQxL2Hh0go7YHl40CVooHYeGrdWwZJHE4YfaHyiq6xycmaMaOzjR_wwJGbawh6RjzgWLTWarNz4bQ1fZUPPBhEgovVYqQfTZBCoEkq-BMitge1auNoGVeZ1f1is/s320/IMG_7441.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512138341048367906" /></a><br />Qual a relação de felicidade e boas histórias para contar? Completa. É o nosso olhar procurando novidade, encantando-se com o que vê. Nova York é uma cidade de muitas. Muitas vozes, muitos sotaques, muitos idiomas. Muitas cores, formatos, texturtas, cheiros e sabores. E tudo se junta numa em jeito de ser, jeito de viver. No jeito de se vestir, de se ver, de se gostar. No jeito de querer conhecer, trocar. <br />E é isso que fica.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-12196323183911632222010-08-20T04:30:00.000-07:002010-08-20T04:33:25.135-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKLtBxYPdKqRXfN-BKoUhjG6wuFy9VNFQKZu6OAWU-Brt8A29ptZkD5Ow0_ZBnOOUOqgNyH718O91i5Bc3aInF903Y9JCrs8nAtQgIa7CqPsusWbDH26EgDv4rbVE0e0cLWOG9juoL0vE/s1600/criseriversa.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKLtBxYPdKqRXfN-BKoUhjG6wuFy9VNFQKZu6OAWU-Brt8A29ptZkD5Ow0_ZBnOOUOqgNyH718O91i5Bc3aInF903Y9JCrs8nAtQgIa7CqPsusWbDH26EgDv4rbVE0e0cLWOG9juoL0vE/s320/criseriversa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5507453180685888514" /></a><br />Tem vermelho que some no meio de tanto cinza. Mas este teima em aparecer, para ter chance de amar e se renovar todos os dias, ainda bem.<br />Como diz uma amiga minha bem novinha, que talvez ainda não saiba muito sobre o amor, mas já entende muito da vida: "é um sonho que existe!".Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-17712476045278859402010-08-11T18:11:00.000-07:002010-08-11T18:11:00.483-07:00Eu amo esse Manoel<span style="font-style:italic;">Poesia é voar fora da asa.</span><br /><br />Manoel de BarrosCristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-84053976646842364592010-08-10T18:05:00.000-07:002010-08-10T18:08:46.063-07:00O futuro esperaEle fica lá a nossa espreita.<br />Muitas vezes cobra como uma mãe comandante.<br />Outras, sorri como um sábio que vê seu aprendiz chegar aos limites, enfrentá-los e se preparar para os próximos. <br />É um peso olhar para ele. Muitas expectativas, sonhos, sorrisos. Está tudo nele. <br />Quero preenchê-lo.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-63022740877714671422010-08-08T18:22:00.000-07:002010-08-08T18:31:39.628-07:00vida-morte-vidaA espera, a angústia, a incerteza, a espera.<br />Lembranças de tempos com muito tempo, de outras ideias, importâncias.<br />Dá saudade. A gente acha graça de tudo. Relaciona os fatos, pensa sobre tudo. Quando a gente é criança, os pensamentos voam de jeito diferente. Quando eles voltam na gente já adulto, têm uma velocidade lenta, se encaixam. Se fazem sentido. Nos fazem sentido. E nos fazem como somos.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-49096275119256556702010-06-25T05:49:00.000-07:002010-06-25T05:53:48.513-07:00Piloto salva a vida dele, tripulação e 171 passageiros. Mas e a daí??Acabo de ler na Folha que um voo da TAM poderia ter terminado em tragédia ontem: tinha uma outra aeronave no meio do caminho. <br /><br /><br /><span style="font-style:italic;">Voo da TAM faz manobra para impedir colisão no ar<br />Equipamentos de bordo apontaram que havia outra aeronave na rota <br /><br />Avião se aproximava de Congonhas com 171 passageiros; Infraero diz que posto médico não atendeu ninguém <br /><br />ANDRÉ MONTEIRO<br />DE SÃO PAULO <br /><br />Uma aeronave Airbus A320 da TAM teve de realizar uma manobra ontem no início da noite ao se aproximar do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) para desviar de uma outra aeronave, que não foi identificada.<br />Segundo a TAM, o comandante do voo JJ-3717, que vinha de Brasília para São Paulo, teve de fazer uma "manobra evasiva" após os "equipamentos de bordo terem detectado a presença de outra aeronave na mesma rota".<br />Ainda de acordo com a companhia, "o comandante seguiu os procedimentos de segurança prescritos para essas circunstâncias". Os passageiros, segundo a TAM, foram informados e desembarcaram em segurança às 18h48, como estava previsto.<br />A Infraero, que administra Congonhas, confirmou que o pouso ocorreu nesse horário sem problemas e que não foi informada de nenhum incidente envolvendo o voo.<br />O avião estava lotado, com 171 passageiros a bordo. De acordo com a Infraero, o posto médico do aeroporto não realizou nenhum atendimento a passageiro da TAM.<br />Um dos passageiros era o senador Romeu Tuma (PTB-SP). Ao portal de notícias G1 ele disse que o comandante informou que teria de fazer uma manobra ríspida e que a aeronave "afundou em direção ao chão e deu uma balançada". Ele afirmou ainda ao portal que houve gritaria e que tudo "foi muito rápido".<br />De acordo com Ronaldo Jenkins, diretor do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), o mecanismo que fez o avião desviar é o TCAS, sistema que indica ao piloto que direção tomar em caso de risco de choque.<br />Em nota na noite ontem, o Comando da Aeronáutica informou que "já iniciou a investigação" para apurar as causas do incidente.</span><br /><br /><br />Cadê o nome do piloto????? Se a nota está correta, ele fez o que devia fazer. Merecia palmas. Será que alguém tentou ser identificado? E isso não deveria ser a manchete principal???? A notícia é boa... ah, tá.Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-14842071006770546992010-05-08T05:03:00.000-07:002010-05-08T05:04:42.206-07:00A palavraPalavras não são más <br />Palavras não são quentes <br />Palavras são iguais <br />Sendo diferentes <br />Palavras não são frias <br />Palavras não são boas <br />Os números pra os dias <br />E os nomes pra as pessoas <br />Palavra eu preciso <br />Preciso com urgência <br />Palavras que se usem <br />em caso de emergência <br />Dizer o que se sente <br />Cumprir uma sentença <br />Palavras que se diz <br />Se diz e não se pensa <br />Palavras não têm cor <br />Palavras não têm culpa <br />Palavras de amor <br />Pra pedir desculpas <br />Palavras doentias <br />Páginas rasgadas <br />Palavras não se curam <br />Certas ou erradas <br />Palavras são sombras <br />As sombras viram jogos <br />Palavras pra brincar <br />Brinquedos quebram logo <br />Palavras pra esquecer <br />Versos que repito <br />Palavras pra dizer <br />De novo o que foi dito <br />Todas as folhas em branco <br />Todos os livros fechados <br />Tudo com todas as letras <br />Nada de novo debaixo do sol<br /><br />POR TITÃS...Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-27281578663474080582010-05-01T05:22:00.000-07:002010-05-01T05:55:21.525-07:00Que texto sou eu?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7XY5Paefy0x0PdEhXc8AGD3zqnMswfhnrgYVqaAMzI9NmpJVqWc0ljxB5UgDyb5SRW7h6wS8IK5BpOQKMJh3_9jDwFYIV6OyRmiZgcW7OSxzZroKAjT0_ZaSvLx0KnmJnybouE6JhtLk/s1600/cristianRN.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7XY5Paefy0x0PdEhXc8AGD3zqnMswfhnrgYVqaAMzI9NmpJVqWc0ljxB5UgDyb5SRW7h6wS8IK5BpOQKMJh3_9jDwFYIV6OyRmiZgcW7OSxzZroKAjT0_ZaSvLx0KnmJnybouE6JhtLk/s320/cristianRN.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5466283205005270370" /></a><br />"... o texto que hoje eu sou". Não sei se foi um ato falho ou coisa do tipo, mas foi esta frase que me mais me marcou do excelente encontro que ontem a equipe com quem trabalho na Crescer teve com o jornalista Moisés Rabinovich. Ele foi contar suas histórias e falava de como ele e seu texto foram construídos em sua carreira. E por que o texto "É" ele? Por que é isso que acontece, ou deve nos acontecer: o texto de um jornalista deve nos acontecer. <br />O bate-papo, claro, foi permeado pela busca de um bom texto hoje. Ao falar da sua experiência como fundador do Jornal da Tarde, ele me jogou à final de infância e adolescência, quando este jornal habitava todos os dias a mesa de jantar da sala, todas as manhãs. Meu pai lia o JT e eu fui me interessando também. Não se naquela época ou somente depois, mas eu adorava os títulos com pontos, o jeito de contar as histórias. Era isso. Eu gostava do jeito de contar uma história. E até hoje é o que mais me atrai é o que chamamos de "personagens". <br />Quando vivi o projeto Bebês do Brasil - que se tornou um livro - lembro me de como acompanhar aquelas famílias às voltas de seu lindo bebê era um escrever constante. Cada louça lavada, fralda trocada, carinho na cabeça ou detalhe contado ali para mim, cada instante que a história comum daquelas pessoas se tornava um registro, eu me sentia escrevendo o texto. Ali já começa a busca pela palavra perfeita. <br />Meu primeiro grande guia de como escrever, o jornalista Milton Bellintani, uma disse em sala de aula que sofria toda a vez que sentava para escrever. Isto me marcou para sempre e não como uma condenação, mas como um alívio: para mim, escrever é sofrimento e aí está sua beleza. Só em sofrimento, só na busca da palavra que melhor vai expressar o elo entre a história "presenciada" e eu é que vou daquele texto meu. Só assim vou chegar ao "texto que eu sou". <br /><br /><span style="font-style:italic;">Este bebê lindo é Cristian, do Rio Grande do Norte, um dos retratados no <a href="http://globolivros.globo.com/busca_detalhesprodutos.asp?pgTipo=CATALOGO&idProduto=1028">livro Bebês do Brasil</a>, lançado pela Editora Globo, foto de Fernando Martinho, que viveu a história dele comigo</span>Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3756644516774459800.post-89736004108772340662010-04-04T06:44:00.001-07:002010-04-04T07:15:44.729-07:00A um passo de um dia de fúria<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji3OOFWxFZTgonvMOvyBcxUpV0XkBFHIpp38ZkavJurcTTfaBrheqf8OdT18nm9mEwQZRl33eaMNVNFIES02KrMxwgeN2JnNy-mVSuIVc-iCtEivTXkjIly6jcvz8eYgWM1g_BHwmEt10/s1600/Grumpy.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 260px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji3OOFWxFZTgonvMOvyBcxUpV0XkBFHIpp38ZkavJurcTTfaBrheqf8OdT18nm9mEwQZRl33eaMNVNFIES02KrMxwgeN2JnNy-mVSuIVc-iCtEivTXkjIly6jcvz8eYgWM1g_BHwmEt10/s320/Grumpy.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5456285746907559538" /></a><br />Filas... ai, as filas. Basta ter um problema com celular - e ser "convidado" pela atendente via telefone que o caso só será resolvido pessoalmente, na loja - para já imaginarmos a fila.<br />Pois fui acompanhar um cliente em uma loja Vivo, a do Shopping Villa-Lobos, com um problema bizarro: o Iphone dele com acesso a internet ilimitado não acessava a dita cuja de maneira alguma. Ao contrário do que previ, o atendimento foi rápido e bom apesar de não poder resolver o problema na hora. Sim, pasmem: a Apple, nossa perfeição e amada fazedora de tecnologia que aceitamos tão bem, fez um Iphone com defeito. Vamos trocar assim que chegar um na loja. <br />De problema ainda no bolso, mas com esperança de solução - sim, será que os seres que nos atendem a todo o lado podem finalmente entender que se não há uma solução imediata, que pelo menos nos dê uma boa satisfação que a gente aceita com paciência? Cliente não é burro, oras! - fomos em busca de ir embora do Shopping Villa-Lobos. <br />Rodamos o lugar até achar o caixa para pagar o estacionamento. Demos o cartão, o dinheiro e pumba! "Um minuto, senhor, porque o cartão travou". Travou? Tá e como faz agora? Ela pega seu walk-talk e chama alguém. Minutos, minutos, minutos, minutos... 20 se passavam e nada. <br />- Não há como ter aí um cartão extra, pra liberar a gente?<br />- Não, nada acontece se esse cartão não sair da máquina. <br />- Não há como ter um segurança lá embaixo, avisado, que possa nos liberar?<br />- Não, nada acontece se esse cartão não sair da máquina.<br />Já comecei a me imaginar lá velhinha, sem banho - não há chuveiros em shoppings, há? - sendo acusada de largar o trabalho, meus familiares indo lá me visitar, eu me tornando notícia de jornais tipo o personagem do Tom Hanks em O Terminal. Justo eu, que não tenho o menor saco pra shopping sem ter um motivo específico...<br />E fui ficando lá. A cada um que parava, eu dava notícia:<br />- O cartão travou a máquina, não está funcionando. <br />Contei uns 12 ali, <br />Enquanto meu acompanhante tentava convencer a caixa que ele poderia ajudar - "você tem um clipe?", foi a última coisa que eu ouvi sair da boca dele antes de olhar para frente e encontrar um casal de amigos e pensar "nossa, vivo de coincidências mesmo". <br />- Ah agora entendi porque estou passando por isso! - brinquei com eles e realmente acreditei no que falava. Enquanto me distraía, meu acompanhante, sim, pegou o clipe, enfiou na máquina e ajudou a pessoa a tirar o cartão. Estávamos livres!!! Sem ficar velhinha no shopping Villa-Lobos!<br />Despedimos dos amigos, descemos felizes rumo à liberdade. Mas isso não foi tudo. <br />Quando colocamos o famigerado cartão na máquina, observados por um daqueles garotos que ficam ao lado da cancela vez ou outra, ele travou. Claro. <br />- Senhor, por favor vire para cá.<br />Achamos que era algum problema com uma saída e ele então estava nos encaminhando à outra. <br />- Continue reto. <br />Como assim? Para onde vamos?<br />Um rapaz nos encaminhou para uma fila de carros, em direção oposta à saída. Parecia um pesadelo. <br />- O senhoe aguarda aqui que vamos resolver o seu problema.<br />Que problema?????<br />O rapaz não teve a capacidade de perguntar para gente sobre o comprovante de pagamento, por exemplo, o que comprovaria nossa total honestidade ali. <br /> <br />E voltamos para a saída. E saimos, claro, sem saber o que raios havia acontecido. Porque levar 40 minutos para sair de um shopping já era tempo suficiente para termos a conquista da liberdade. Não?<br />Grrrrr...Cristiane Rogeriohttp://www.blogger.com/profile/06614743512509933344noreply@blogger.com4