segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Um dia sem carro

Não, não vou falar da campanha mundial que mais parecia dizer o contrário, de tanto carro que foi para rua naquele dia.
É que uma circunstância - ou coincidência? - me deixou sem carro e é impressionante como a gente passa pelos mesmos lugares e vê tudo diferente.
Vi borboletas, placas com erros de português, as conversas das pessoas. Porque a comodidade que o carro traz é maravilhosa, mas a gente fica sozinha. No ônibus há os incômodos, mas tem a companhia, ou a sensação de. O individualismo fica de lado, a gente simboliza melhor o coletivo.
E voltei a ver as pessoas, como elas aparentam ser, imagino a história de cada uma, vejo-as conversando, trocando informações, alguma gentilezas, ou o estresse que faz com que tantos passem por tantos sem se olhar.
Observar a vida é uma delícia.
Outro dia, parada no farol (isso dentro do carro mesmo), eu vi o que parecia um pai e filho atravessando a Avenida Paulista. Imagine uma frase assim: "Se a gente pode pular, porque vamos só andar?". Foi o que eu vi. O adulto incentivou a criança a experienciar um jeito diferente de atravessar a rua. E era difícil ver quem estava se divertindo mais...

Um comentário:

Gra disse...

Oi Cris... finalmente vc atualizou, hein? Vou me tornar sua leitorar assídua....
Falando em carros x ônibus, lembro que uma vez, numa discussão existencial com um amigo meu, falávamos que o ônibus é uma das grandes oportunidades humanísticas de quem mora em cidades grandes como a gente. Que não podemos nos adentrar no mundo dos celulares, mp3s e afins porque perderíamos oportunidades de conhecer pessoas fantásticas por isso. Será??