"Eram duas horas da manhã de 23 de fevereiro quando doutor Roberto Simonard e aquela pequena plateia de anestesistas e enfermeiros ouviram pela primeira vez a voz de Wilson Simonal, do alto de seus impressionantes quatro quilos e duzentos gramas". Parece apenas uma descrição simples mais amei o jeito de colocar as palavras, do brincar de sentidos, do frio na barriga provocado pelo jornalista Ricardo Alexandre, nas primeiras páginas de Nem Vem Que Não Tem - A vida e o veneno de Wilson Simonal, que a Editora Globo lançou mês passado.
Eu adoro histórias, seja em biografias em livros, documentários ou longa-metragens, seja num bate-papo com colegas. Adoro saber quando Tom conheceu Vinicius, que Paul e George iam juntos para a escola, que Tolkien adorava bater papo no Lamb and the Flag em Oxford. Adoro saber como tudo começou, que rumo tomou e porquês. Adoro porquês.
E, ainda bem no começo por total falta de tempo, estou me deliciando com a história de uma das maiores polêmicas de nossa música. E é tão maluco ler boas biografias, porque você sabe o 'final', mas envolve-se tanto com o início que meio que aguarda uma surpresa, uma alteração na história com jeito de H maiúsculo. Talvez me venham novos porquês. Tomara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário