domingo, 9 de agosto de 2009

Lewis e suas várias Alices



Apaixonei-me novamente por Alice no País das Maravilhas ao deparar com um verdadeiro sonho, na casa do escritor Ilan Brenman: a versão do mestre do pop up Robert Sabuda sobre a grande aventura escrita pelo inglês Lewis Carroll.
Jamais vou esquecer do que era folhear aquelas páginas em pop up me levando à viagem: uma Alice ficava presa na casa gigante; outra uma espécie de cone sanfonado podia ser puxado para cima e, quando eu olhava para dentro dele, via Alice ali, caindo. Eu me senti no livro.

Tenhos duas versões do livro: uma é a tradução de Monteiro Lobato, lançada pela Editora Companhia Nacional. O que adoro além da versão dele da história é o texto da mestre Nelly Novaes Coelho dizendo o que houve com Lobato quando ele conheceu a obra de Carrol e o quanto podemos pensar em Alice caindo e relacionar com Narizinho em seu primeiro mergulho no Reino das Águas Claras, e também um texto de Lobato, contando ao leitor a importância daquela tradução.

A outra versão que possuo é a feita pelo cineasta Jorge Furtado, lançada pela Editora Objetiva e com ilustrações de Mariana Newlands (muito bacanas, por sinal). Quando li na contracapa que ele havia 'abrasileirado' a história, logo temi que algo poderia me incomodar. Mas ao me entregar à leitura, entreguei-me também ao motivo de Furtado para mexer no texto de Carroll. Ele quis que os brasileiros sentissem o humor e o nonsense de Carroll por nós mesmos, com nossas próprias piadas, se posso dizer assim. O resultado foram gargalhadas inesquecíveis.

Agora estou ansiosa pela versão de Tim Burton, com Johnny Depp como o Chapeleiro Maluco (foto).
No trailer, a emoção, a piração, o nonsense: parece que vamos ver o que lemos. Nada contra a versão da Disney, não sou destas. Mas a dele pode ter o gostinho de 'mais fiel' como a para A Fantástica Fábrica de Chocolate, e Roald Dahl. Desde criança vejo e revejo a versão de Willy Wonka na interpretação de Gene Wilder e isso eu não esquecerei e nem deixarei de ver jamais. Mas também adorei a de Burton, com mais detalhes, outro final. Adoro versões bem contadas, oras!

2 comentários:

Laura Fuentes disse...

Tou também ansiosa pela versão Tim Burton - Johnny Deep.

Maria Olindina disse...

Olá,
No quadro da Literatura Infantil do século XIX, nenhum caso é tão interessante quanto o de Lewis Carroll (aliás, Charles L. Dogson), o autor de "Alice no país das maravilhas" e "Alice no país do espelho".Esses livros são singulares porque foram construídos com elementos da realidade, são muito mais ricos que qualquer história de fadas.
Nos livros de Carroll, descobre-se o que existe, realmente, de maravilhoso, nas coisas cotidianas, e em nós.
Mais uma vez ,parabéns!
Olindina*