segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A maturidade da frágil Juno

Já assistiram Juno? Recomendo. Insisti ontem com as minhas sobrinhas: finalmente um filme adolescente em que o adolescente não é nem louco, nem idiota. Adorei.
Porém, ao contrário do que li, não achei a personagem, uma adolescente que engravida e resolve entregar o filho a um casal louco para serem pais (isso muda depois, mas...), uma adolescente supermadura. Nada disso. Ela reage e age como uma adolescente. O tempo todo. Não é porque ela não grita, não chora, não se revolta e dirige com uma barrigão para tudo que é lado que a torna madura.
Juno tem seus momentos de fraqueza, sim.
E dúvidas. E pensa. O triste ali é que Juno é sozinha em suas decisões. Esta é a discussão válida (entre tantas, claro). E, ao contrário do que li hoje de Leandro Fortino na Folha, não tem nada de "naturalmente". Ela se galga na ironia, na força, para dar seguimento a algo que ela decidiu fazer e NÃO teve maturidade para fazer: sexo.
E como faz falta um abraço, não? Sinto tanta falta de ela abraçar alguém, alguém abraçá-la...

4 comentários:

Malu disse...

Eu falei que vc ia gostar! :-)

Ricardo Fiorotto disse...

Eu tb adorei esse filme, é realmente muito bom... mostra uma realidade sem transformá-la em um problema impossível, sem tomar partidos... a regra é clara: Quem faz o que quer tem que lidar com os resultados do que fez e é isso ué!

silvana tavano disse...

Assisti o filme hoje. No final da exibição, meu filho de 13 anos e uma platéia cheia de adolescentes aplaudiram o filme. Foi muito emocionante. Acho que isso diz tudo sobre o filme, não?
Silvana

Cristiane Rogerio disse...

Sil, isto diz tudo, sim!
Filme delicioso e com sentido!
beijos