segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O que realmente importa

"And in the end he love you take
is equal to the love you make"...

Beatles, para Mayara, em seus 18 anos

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A maturidade da frágil Juno

Já assistiram Juno? Recomendo. Insisti ontem com as minhas sobrinhas: finalmente um filme adolescente em que o adolescente não é nem louco, nem idiota. Adorei.
Porém, ao contrário do que li, não achei a personagem, uma adolescente que engravida e resolve entregar o filho a um casal louco para serem pais (isso muda depois, mas...), uma adolescente supermadura. Nada disso. Ela reage e age como uma adolescente. O tempo todo. Não é porque ela não grita, não chora, não se revolta e dirige com uma barrigão para tudo que é lado que a torna madura.
Juno tem seus momentos de fraqueza, sim.
E dúvidas. E pensa. O triste ali é que Juno é sozinha em suas decisões. Esta é a discussão válida (entre tantas, claro). E, ao contrário do que li hoje de Leandro Fortino na Folha, não tem nada de "naturalmente". Ela se galga na ironia, na força, para dar seguimento a algo que ela decidiu fazer e NÃO teve maturidade para fazer: sexo.
E como faz falta um abraço, não? Sinto tanta falta de ela abraçar alguém, alguém abraçá-la...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O que faz um clássico

Em minhas participações como jornalista de cultura na revista Crescer, não canso de falar sobre a importância da literatura e da arte na vida da gente para nos mostrar quem somos, quem queremos ser, quem não queremos ser...
Defendo os personagens contraditórios, como Peter Pan, Pica Pau, aqueles que assumem nossas dúvidas, culpas, anseios.
Acabo de assistir mais uma vez ao A Felicidade Não se Compra, de Capra. Que maravilha. Excelente filme para assistir em família, na companhia das crianças. Para, quem sabe, elas desde cedo já entenderem que todos temos nossos momentos de fraquezas, de desespero, de desesperanças e que, muitas vezes, nos faz querer desistir de tudo.
Mas é a vida em comunidade, da família, dos amigos nos dá o sentido para mudar o rumo.
É por isso também que Capra fez do conto de natal um clássico, pois as questões humanas não mudam.

Espelhos por toda a parte

Hoje li a notícia que o filme Tropa de Elite ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Com ele, novamente as análises e opiniões.
Este é um exemplo como que em tudo que fazemos, todas as opiniões que damos, não são nada mais, nada menos do que reflexos de nós mesmos.
Muitos dizem e a crítica do Le Monde, por exemplo também, que Tropa é uma apologia à tortura. Para mim, no entanto, ele é e sempre foi uma denúncia da violência que não temos como escapar. Ou você é um policial violento, ou corrupto. E a população está entre um, outro e o tráfico de drogas. O filme é uma denúncia, não uma incitação. Se há quem repita "paga pra sair" como piada, é da própria pessoa, não culpa do filme. Ou agora a gente vai culpar o Hitler por todas as atrocidades cometidas por todos os alemães na segunda guerra? Me poupem.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Leitura desavisada

Fiquei tanto tempo sem postar e olha com o que acabo de me deparar:

"QUANTO MAIS A PROSA INVADE A VIDA, MAIS A POESIA REAGE", Edgar Morin